the crying game
‘The Crying Game’ é um ótimo filme britânico, lançado no ano de 1992 foi escrito e dirigido pelo cineasta irlandês, Neil Jordan. O trabalho de Jordan é magnífico, tanto como roteirista quanto como diretor. Original, o filme é uma trama de amor simples, mas dura e surpreendente. Fergus (Stephen Rea), um guerrilheiro do IRA, seqüestra um soldado britânico chamado Jody (Forrest Whitaker) e fica no aguardo de ordens de seus superiores acerca do destino de seu prisioneiro. Mas com o passar do tempo, os dois acabam se aproximando e criando um laço de amizade, fazendo com que Dil (Jaye Davidson), a namorada do soldado britânico, acabe se envolvendo com o guerrilheiro. Começa interessante, abordando a Síndrome de Estocolmo. Muito comentado e controverso na época de seu lançamento, traz performances magistrais em um roteiro provocante, inteligente e repleto de nuances e segredos. No elenco, os maiores destaques são as brilhantes atuações de Stephen Rea, Miranda Richardson, Forest Whitaker e a intrigante estréia de Jaye Davidson, indicado ao prêmio de coadjuvante, impressiona pelo seu personagem e interpretação. Um dos melhores e mais polêmicos filmes dos anos 90, a direção de Jordan também é notável, sensível e sem cair em clichês ou vulgaridades. ‘The Crying Game’ leva à reflexão sobre a verdadeira natureza da mentira, do amor e da escolha. Stephen Rea & Jaye Davidson A hipnótica música tema, é interpretada pelo cantor britânico Boy George do grupo ‘Culture Club’, uma das bandas pop mais conhecidas do movimento ‘new romantics‘ da década de 80 ao lado de Duran Duran e Visage. Seus integrantes eram Boy George (voz), Roy Hay (guitarra e teclados), Mikey Craig (contrabaixo) e Jon Moss (bateria). Boa parte da repercussão do grupo foi em decorrência da androginia de Boy George, que ainda acentuava essa característica com roupas, maquiagem e postura feminina. O ‘Culture Club’ tornou-se a primeira banda, desde os ‘Beatles’, a emplacar três hits no top 10 da Billboard em seu álbum de estréia. No entanto os conflitos entre os integrantes, e os problemas de Boy George com drogas levaram à separação do grupo. Em 1986, Boy George é preso por porte de drogas, e o tecladista Michael Rudetski é encontrado morto por overdose de heroína na sua casa. Boy George é internado em uma clínica para tratar sua dependência, e retorna ao mercado em 1987, iniciando sua carreira solo. Cria o selo 'More Protein' para lançar seus próprios discos e, retorna às paradas musicais, com a canção 'The Crying Game'. Obtém grande sucesso como DJ, área na qual trabalhou antes do sucesso com o 'Culture Club' e com a qual voltou a trabalhar alguns anos após o término da banda. Em 1995, lançou seu primeiro livro, a autobiografia 'Take it Like A Man', que se tornou um best seller na Inglaterra e nos Estados Unidos. Também mantém uma grife, intitulada 'B-Rude', com loja própria na cidade de Londres. Em 2006, foi condenado por ligar para a polícia americana e simular um assalto em seu apartamento em Nova York. A polícia encontrou cocaína e lhe aplicou como pena a limpeza das ruas durante uma semana.