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James Moody (1925 - 2010) considerado um dos pais do bebop foi saxofonista e flautista e era mais conhecido por seu hit ‘Moody's Mood for Love’. Nascido em Savannah, Georgia, cresceu em New Jersey, onde foi atraído pelo saxofone depois de ouvir George Holmes Tate, Don Byas e vários outros saxofonistas que tocavam com Count Basie. Mais tarde aprendeu a tocar flauta. Juntou-se ao ‘US Army Air Corps’, precursor da Força Aérea dos Estados Unidos, em 1943 e tocou na ‘banda de negros’ no batalhão de segregados. Após sua dispensa do serviço militar em 1946 ele tocou bebop com Dizzy Gillespie durante dois anos. Depois voltou a tocar com Gillespie em 1964, onde seus colegas no grupo eram o pianista Kenny Barron e o guitarrista Les Spann, que seriam colaboradores musicais nas próximas décadas. Em 1948, James Moody gravou sua primeira sessão para a ‘Blue Note Records’. No mesmo ano foi para a Europa, onde permaneceu por três anos, dizendo que tinha sido marcado pelo racismo nos EUA. Seu trabalho na Europa inclui a primeira gravação de ‘Moody's Mood for Love’, que se tornou um hit em 1952, e ajudou a estabelecê-lo como artista e como parte do crescimento do jazz europeu. Retornou aos EUA e na década de 60 voltou a tocar com Dizzy Gillespie. Em uma entrevista de 1998, Moody afirmou acreditar que o jazz tem definição espiritual. Em 2010, foi anunciado que estava com câncer no pâncreas, e tinha optado por não fazer tratamento agressivo. Moody morreu no mesmo ano de complicações decorrentes da doença. Dois meses depois Moody ganhou o Prêmio Grammy póstumo de melhor álbum de jazz instrumental com o álbum ‘Moody 4B’.
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Stan Getz (1927-1991), estilista impecável e improvisador inspirado, possuía um timbre puro e uma fluidez inigualável no fraseado e é colocado entre os cinco saxtenoristas verdadeiramente revolucionários da história do jazz, os outros são Coleman Hawkins, Lester Young, Sonny Rollins e John Coltrane. Nos anos 50, Getz foi o tenorista máximo, e é um dos artífices do cool jazz. Posteriormente outros nomes vieram a assumir este status, mas Getz nunca deixou de ser grandemente respeitado pelos colegas, pelos críticos e pelo público. Tanto que seu apelido era ‘The Sound’. Stan Getz começou a trabalhar em 1947 na orquestra de Tommy de Carlo, e na companhia de outros três saxtenores, Zoot Sims, Jimmy Giuffre e Herbie Steward, que possuíam abordagem e sonoridade semelhantes. Embora raro, o conjunto de quatro solistas para o mesmo instrumento deu certo. O entrosamento era perfeito e os quatro foram apelidados de ‘The Four Brothers’. Woody Herman, sempre perspicaz na caça aos bons valores, contratou Stan Getz, Zoot Sims e Herbie Steward para sua orquestra; com o saxbarítono Serge Chaloff como o quarto ‘irmão’. Quando deixou a orquestra de Herman, em 1949, Getz já possuía renome e passou a tocar como líder em pequenos conjuntos. Nas décadas seguintes, Getz fez inúmeras turnês pela Europa, especialmente na Escandinávia, onde morou por alguns anos. Tocou junto com Chet Baker e Gerry Mulligan, como ele, expoentes do cool jazz. Mas, Getz não era apenas um músico cool. Assim como acontecia com Gerry Mulligan, e até em maior grau, ele foi influenciado pelo bebop, tocou inclusive com Dizzy Gillespie. E é ainda considerado, por muitos críticos, discípulo de Lester Young, no que se refere ao som e à articulação. Stan Getz teve uma relação sólida com a bossa nova: seu disco com João Gilberto foi um grande sucesso comercial nos anos 60 e se tornou cult. Ao longo de décadas a presença da música brasileira foi presença constante em seu repertório. Suas improvisações são de tirar o fôlego, seja pelo virtuosismo, seja pelas idéias surpreendentes.
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Dave Brubeck (1920), oriundo de uma família musical começou a aprender piano aos quatro anos de idade e violoncelo aos nove. Em 1951 criou seu quarteto, que nos primeiros anos experimentou algumas mudanças de bateristas e contrabaixistas. O saxofonista Paul Desmond, porém, esteve presente desde o início. Com a entrada do baterista Joe Morello em 1956 e do contrabaixista Gene Wright em 1958, o quarteto entrou num período de estabilidade, durante o qual gravaria inúmeros discos e faria freqüentes turnês patrocinadas pelo Departamento de Estado norte-americano. A gravação de ‘Take Five’, tema de Desmond, em 1959, transformou o quarteto em campeão de vendagens da época. Com o passar dos anos, entre Brubeck e Desmond viria a se desenvolver um entrosamento quase telepático. Brubeck tinha admiração por Duke Ellington e pela música erudita. Desenvolveu um estilo muito peculiar, que viria se tornar cult. Percussivo, fazendo uso farto de acordes repetidos, Brubeck certamente não era um virtuose e foi até mesmo acusado, por certos críticos da época, de não possuir swing e de não ser um melodista. Porém, sua predileção por compassos em números primos - 5/4, 7/4, 11/4 - e suas ousadias harmônicas e mudanças de andamento fazem dele um pianista inovador e coerente. Além disso, era um compositor verdadeiramente inspirado. Sua música conseguiu alcançar sucesso junto ao público, mesmo aquele não iniciado no jazz. E Dave Brubeck é responsável por uma das experiências mais bem sucedidas da ‘Third Stream’, a integração de elementos do jazz e da música erudita, no mesmo patamar de Stan Kenton, do ‘Modern Jazz Quartet’ e do pianista Bill Evans. Leia +...
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