‘A Great Day in Harlem’, famosa fotografia em preto e branco de Art Kane (Arthur Kanofsky), tirada em 1958, em uma rua do Harlem, de um grupo de 57 notáveis do jazz e onde constam músicos como Count Basie, Art Blakey, Dizzy Gillespie, Coleman Hawkins, Gene Krupa, Charles Mingus, Thelonious Monk, Gerry Mulligan, Lester Young e Sonny Rollins. A fotografia continua a ser um objeto importante no estudo da história do jazz.
"...o blues é um estado de espírito e a música que dá voz a ele. O blues é o lamento dos oprimidos, o grito de independência, a paixão dos lascivos, a raiva dos frustrados e a gargalhada do fatalista. É a agonia da indecisão, o desespero dos desempregados, a angústia dos destituídos e o humor seco do cínico. O blues é a emoção pessoal do indivíduo que encontra na música um veículo para se expressar. Mas é também uma música social: o blues pode ser diversão, pode ser música para dançar e para beber, a música de uma classe dentro de um grupo segregado. O blues pode ser a criação de artistas dentro de uma pequena comunidade étnica, seja no mais profundo Sul rural, seja nos guetos congestionados das cidades industriais. O blues é a canção casual do guitarrista na varanda do quintal, a música do pianista no bar, o sucesso do ‘rhythm and blues’ tocado na jukebox. É o duelo obsceno de violeiros na feira ambulante, o show no palco de um inferninho nos arredores da cidade, o espetáculo de uma trupe itinerante, o último número de uma estrela dos discos. O blues é todas estas coisas e todas estas pessoas, a criação de artistas famosos com muitas gravações e a inspiração de um homem conhecido apenas por sua comunidade, talvez conhecido apenas por si mesmo". (Paul Oliver) Fonte: Blog Borboletas de Jade
"É pau, é pedra, é pele, é osso - o homem desde os tempos primais descarregou suas tensões batendo, batucando, marcando ritmo no que estivesse ao alcance de sua mão. Surgiu dai a parafernália rítmica, o arsenal de instrumentos que compõe a bateria moderna, os mil e um apetrechos da percussão, coisas ainda de índole artesanal, a familia das marimbas, dos xilofones e seu primo rico o vibrafone e as extensões eletrônicas de tudo isso, propagadas nos mais modernos computadores. Claro, o ritmo digitalizado - os drum’n' bass da vida - nada tem a ver com o verdadeiro suingue do jazz, que nasceu do contato da pele e da mão humana com os couros, das baquetas e das vassourinhas fazendo vibrar os pratos turcos de cobre feitos também manualmente. Vocês podem ver as pinturas das cavernas, o mundo que nossos ancestrais grafitaram para a eternidade; mas o som daquelas épocas primais só pode ser captado mesmo na arte dos bateristas, percussionistas e vibrafonistas de jazz". (Cedric Doranges) Fonte: Blog Borboletas de Jade
"Tem gente que pensa que se você é um cantor de blues, você tem de ser um cara sentado num banquinho olhando para o Norte, com um boné na cabeça virado para o Sul, um cigarro pendurando no canto da boca para o Leste e uma garrafa de uísque aos seus pés para o Oeste. Sua guitarra tem de ser velha e caindo aos pedaços. Se você toca contrabaixo, ele tem de ser feito com uma vassoura e uma banheira de lata. Mas isto não funciona mais. Se o blues ficasse só nisso, já teria morrido. Se voce é um músico de blues, tem de preparar uma boa embalagem para vender. Alguns puristas partiram contra mim, dizendo que me vendi. Eu não, estou apenas sobrevivendo." (B.B. King - 1979) Fonte: Blog Borboletas de Jade
"Você não aprende a tocar blues. Você simplesmente toca. Eu nem mesmo chego a pensar harmonia. A coisa flui naturalmente. Você aprende onde deve colocar as notas para que elas soem direito. Você não sai em busca de um acorde esquisito. Eu costumava modificar as coisas porque queria ouvi-las, progressão alternativas e macetes vanguardistas, Agora meu gosto melhorou..." (Miles Davis - 1957) Fonte: Blog Borboletas de Jade
"O blues é fácil de tocar. Mas é difícil de sentir". (Jimi Hendrix)
"A meia-noite fui acordado por uma forte gargalhada e olhando pela janela, vi que um bando de carregadores negros tinha feito uma fogueira e estava desfrutando um alegre repasto. Subitamente, um deles emitiu um som que nunca ouvira antes, um grito longo, forte e musical, subindo e descendo, transformando-se em falsete, sua voz atravessando a mata e cortando o ar gélido da noite como um toque de clarim. Quando terminou, a melodia foi continuando por outro e, e, seguida por vários, em coro..." F.L.Holmstead, quando dormia num vagão de trem de passageiro ao percorrer o Sul dos Estados Unidos antes da Guerra Civil (1861-1865) Fonte: Blog Borboletas de Jade
"Até certa época, havia um grande abismo separando, de um lado, o sofisticado blues da cidade grande e as novidades do rock para os mercados do Norte e, do outro, o blues rural e do Delta que eram populares nas regiões do Sul. Gradualmente, as duas formas se entrelaçaram e a canção do blues rural, agora apresentada em arranjos que atendem de tanto aos gostos do norte como do sul, vêm aparecendo em discos de todas as etiquetas de R&B (...). Alguns artistas até há pouco exclusivos do meio rural vêm alcançando popularidade ultimamente, entre eles: Howlin´Wolf, B.B. King. Muddy Waters entre outros expoentes do blues de bar." Revista Billboard, 15 de Março de 1952 Fonte: Blog Borboletas de Jade
"O Blues é bonito porque é simples e real. Nem pervertido, nem refletido". (John Lennon) Fonte: Blog Borboletas de Jade
"Os Blues são as raízes e as outras músicas são os frutos. É bom manter as raízes vivas porque isto significa melhores frutos para o futuro. O Blues existirá sempre, porque o Blues é a raiz da música americana. Enquanto a musica americana sobreviver, o Blues sobreviverá". (Willie Dixon) Fonte: Blog Borboletas de Jade