raphael rabello

raphael rabello Raphael Rabello foi um dos mais notáveis violonistas brasileiros de todos os tempos. Com interpretações vibrantes e técnica exuberante, a sua contribuição foi essencial para a história do violão brasileiro. Vindo de uma família musical, sua irmã se tornou conhecida com o seu cavaquinho, e seu primeiro professor de violão foi o irmão mais velho, Raphael começou a tocar violão aos 12 anos, profissionalmente aos 14 anos, quando participou de uma gravação com o violonista clássico Turibio Santos. Logo depois formou o conjunto ‘Os Carioquinhas’, que tocava choro, popularmente chamado de chorinho, é um gênero musical, uma música popular e instrumental brasileira, com mais de 130 anos de existência. Teve aulas com o lendário violonista ‘Dino 7 Cordas’, e por algum tempo adotou o nome ‘Rafael 7 Cordas’ ao dedicar-se a esse instrumento, o violão de 7 cordas, um instrumento genuinamente brasileiro em uso, técnica e linguagem. Considerado um virtuose do violão de 6 e 7 cordas, tocou com os maiores nomes do choro e do samba. Em 1989, um acidente de carro resultou em uma fratura múltipla em seu braço direito que pôs sua carreira em risco. Porém, quatro meses depois o violonista estreava em shows de samba e choro.

Suas interpretações para clássicos do choro como ‘1 x 0’ de Pixinguinha e ‘Desvairada’ são consideradas antológicas. Também ddesenvolveu um ritmo de samba para violão que é reproduzido por diversos violonistas. Raphael tocava muitos estilos distintos, mas era especializado em choro. Sua genialidade e virtuosismo, o fez ser considerado o ‘Mozart do choro’. Em 1992 lançou um disco-tributo a Tom Jobim, ‘Todos os Tons’, com participações do flamenco Paco de Lucia, de Jacques Morelenbaum e o próprio Jobim. Atuou em discos de diversos artistas, e foi um dos mais requisitados violonistas dos anos 80 e 90, famoso por aliar técnica impecável a sensibilidade interpretativa, em qualquer estilo, fosse erudito, choro, flamenco ou bossa nova. Teve morte precoce, aos 32 anos, por ter sido contaminado pelo vírus do HIV quando precisou de uma transfusão de sangue por causa do acidente. Desesperado tornou-se viciado em cocaína, anfetaminas e álcool. Em 1994 foi para os Estados Unidos e lecionou em uma universidade de música em Los Angeles e se libertou das drogas. Precisou voltar ao Brasil para um trabalho aprovado pela Fundação Cultural Banco do Brasil e também voltou para as drogas. Em 1995 foi internado para tratamento de desintoxicação e acabou morrendo. Várias foram as versões para sua morte: infecção generalizada, Aids, overdose, suicídio ou apnéia.

raphael rabello - luiza


raphael rabello - todos os tons (1992)

Todos os Tons (1992)

Tracklist
01. Samba do Avião 02. Samba de uma nota só 03. Passarim 04. Retrato Em Branco E Preto 05. Modinha 06. Garota de Ipanema 07. Anos Dourados 08. Garoto 09. Pois E 10. Luiza

paulo mouraPaulo Moura, filho de um mestre de banda e irmão de outros músicos, começou a tocar piano e clarineta em São José do Rio Preto (SP), onde nasceu. Mudou-se mais tarde para o Rio de Janeiro, onde começou a tocar em cassinos, bailes e festas, como integrante de famosas orquestras da época. Concluiu o curso de clarineta na ‘Escola Nacional de Música’, onde aprendeu também teoria musical, harmonia, regência, orquestração e arranjo. Foi primeiro clarinetista da ‘Orquestra do Teatro Nacional’ por 17 anos. Nesse período, viajou pelo México e Rússia, onde chegou a reger a ‘Orquestra Sinfônica de Moscou’. Excursionou até pelo Japão. Sua ligação com o jazz é muito forte, e formou uma das primeiras ‘jazz bands’ do país, tocando saxofone além de clarineta. Transitando entre o popular e o erudito, freqüentava o ‘Beco das Garrafas’, reduto da bossa nova, e atuou como arranjador para Elis Regina e Milton Nascimento. Gravou ‘Dois Irmãos’ ao lado de Raphael Rabello em 1992, ano em que ganhou o prêmio Sharp de melhor instrumentista popular. Sua música é recebida com grande repercussão na imprensa internacional que o considera embaixador da música instrumental brasileira.

paulo moura & raphael rabello - tarde de chuva


paulo moura & raphael rabello - Dois Irmãos (1992)

Dois Irmãos (1992)
Paulo Moura & Raphael Rabello

Tracklist
01. Ronda 02. Chorando baixinho 03. Domingo no Orfeão Portugal 04. Violão vadio 05. Morena boca de ouro 06. Tempos felizes 07. Um a zero 08. Tarde de chuva (Paulo Moura) 09. Luiza 10. Um chorinho em aldeia

Dino 7 CordasHorondino José da Silva, o Dino 7 Cordas, violonista nascido no Rio de Janeiro, começou a tocar violão por causa do pai, músico amador, e dos irmãos, que tocavam cavaquinho e percussão. Entre 1952 e 53 Dino mandou fazer seu primeiro violão de 7 cordas, adicionando um bordão grave afinado em dó ao violão de 6 cordas, inspirado no instrumento do recém-falecido violonista Tute, que tocava no grupo de Pixinguinha. Desde então Dino não abandonou mais o 7 cordas, incorporando-o ao seu nome artístico e tornando-se a maior referência no instrumento, para o qual criou uma linguagem específica servindo de escola para todos os outros violonistas que empunham o instrumento desde então. É reverenciado por muitos músicos sobre sua virtuose e inventividade e por posicionar o violão de 7 cordas em lugar de destaque na nossa música. Acompanhou todos os grandes nomes da era do rádio e era figura constante em inúmeras gravações de samba e choro. Na década de 60, as gravações e shows escassearam por causa da ‘Jovem Guarda’, e Dino viu-se obrigado a tocar guitarra em conjuntos de bailes. Voltou na década de 70, gravando com cantores e cantoras de samba. Em 1991 gravou seu único disco, ao lado do pupilo Raphael Rabello. ‘Raphael Rabello & Dino 7 Cordas’ traz no repertório, clássicos do choro e do samba. Até os 88 anos de idade, quando morreu de pneumonia, continuou atuando, dando aulas e gravando, e não escondia a satisfação por ter sido o maior divulgador do instrumento.

dino 7 cordas & raphael rabello - sons de carrilhoes


raphael rabello & dino 7 cordas (1991)

Raphael Rabello & Dino 7 Cordas (1991)

Tracklist
01. Conversa de Botequim 02. Jongo 03. Escovado 04. Alma de Violinos 05. Um a Zero 06. Odeon 07. Sons de Carrilhões 08. Segura Ele 09. Desvairada 10. Graúna 11. Sonho de Magia

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